Saiba mais sobre o enxerto gengival
- Curiosidades
- 23/06/2015
- Dr. Marcio Gulin Cury
Quando as gengivas são saudáveis, têm uma coloração vermelho-clara e não sangram. Quando há acúmulo de placa bacteriana nos dentes, as bactérias atingem a gengiva, que inflama e por vezes sangra. A isso dá-se o nome de gengivite. Casos avançados da doença, em que há o risco até mesmo de queda do dente, têm o nome de periodontite.
Conforme a doença avança, ocorre reabsorção do osso de sustentação do dente e retração gengival, o que faz com que parte da raiz dental seja exposta. Outros fatores também podem levar a essa retração gengival, como traumas no tecido ou mal posicionamento dos dentes, por exemplo.
Quando a situação da gengiva atinge esse estágio, surgem problemas não apenas para a estética do sorriso, mas também para a saúde bucal, e o tratamento se faz necessário. Existe a opção de retalho pediculado, mas a que se mostrou mais eficaz até hoje, principalmente para casos mais graves, foi o enxerto gengival.
Como funciona a cirurgia de enxerto gengival?
Veja quais são os procedimentos antes, durante e depois da cirurgia, a qual será realizada por um periodontista:
- Primeiramente, será aplicada uma anestesia local;
- O periodontista higienizará os seu dentes antes do início da operação;
- Ergue-se a camada superficial do palato (céu da boca), que será o doador do enxerto;
- Remove-se uma camada de tecido conjuntivo subepitelial;
- Esse tecido é então colocado e suturado sobre a área exposta da raiz dental;
- Por fim, a camada aberta do palato também é suturada;
Essa técnica é pouco invasiva, e consegue bons resultados. A cicatrização também é rápida, e o pós-operatório não é doloroso. A opção de retalho pediculado é indicada apenas para casos menos graves, com pequenos revestimentos. Nesse caso, o tecido do enxerto é deslocado a partir de um dente adjacente para a área da raiz exposta.