Se você não ronca, é provável que conheça alguém que sim, e saiba da dificuldade que é conseguir dormir bem com esse problema. O ronco pode ser um sinal chave de apneia obstrutiva do sono. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia afirma que cerca de 30% das pessoas em todo o mundo sofrem de apneia. O mais preocupante é que a maioria das pessoas com o problema não é diagnosticada e, portanto, leva anos sem tratamento adequado.
Algumas pessoas roncam durante o sono devido à má respiração, o que geralmente é um alerta para a apneia obstrutiva do sono. As paradas de respiração, ou "apneias", acontecem quando uma pessoa sofre interrupções breves e repetidas na respiração enquanto dorme. Além disso, a falta de tratamento pode levar a uma variedade de outros problemas de saúde.
Por isso, buscar informação é o primeiro passo para entender, identificar os sintomas e se conscientizar sobre os cuidados necessários para essas condições. Se você sofre com esses problemas, continue lendo este artigo e saiba tudo sobre a apneia obstrutiva do sono.
Você conhece a apneia obstrutiva do sono?
Apneia é quando a respiração é interrompida por um curto período. Já a apneia do sono ou apneia obstrutiva do sono é uma doença que ocorre inconscientemente durante o sono. O distúrbio é caracterizado pela obstrução das vias aéreas e é considerado uma doença crônica.
Isso resulta em roncos, despertares, ruídos de sufocamento e interrupções repetidas da respiração durante o sono. Os momentos em que a pessoa acorda parecem ser breves. O indivíduo afetado geralmente não percebe que esses despertares ocorrem durante o sono, pois são muito breves, mas quebram o ciclo do sono.
Essa fragmentação pode resultar em altos níveis de fadiga e sonolência durante o dia, que são sintomas comuns da apneia do sono. O risco de acidentes automobilísticos e profissionais é significativamente maior nestes indivíduos devido à sonolência excessiva, que pode ser medida pela escala de Epworth (escala de sonolência), destinada a medir a sonolência diurna pelo uso de um questionário muito curto.
O que causa o ronco?
O ruído é causado pelo estreitamento das vias aéreas durante o sono, onde os tecidos da faringe vibram e produzem som quando o ar passa por essa região. Uma posição incorreta do corpo pode causar esse estreitamento, principalmente quando se dorme de barriga para cima, pois a língua desliza ligeiramente para trás. O consumo excessivo de álcool, por exemplo, pode causar um relaxamento generalizado das estruturas musculares do corpo, que pode também afetar a garganta.
No entanto, quando há muito barulho, pode ser causado por outros fatores, como desvio de septo, pólipos que se formam no nariz; rinite e sinusite, arcadas dentárias mal formadas estreitas ou mal posicionadas, além da apneia obstrutiva do sono. Quem sofre com roncos diários pode sentir outros sintomas, como dor de cabeça, sonolência durante o dia, mudanças de humor e irritabilidade.
O ideal é procurar um médico, caso os sintomas sejam recorrentes, e avaliar se existe alguma doença ou patologia por trás do ronco. O mais adequado é procurar um médico otorrinolaringologista e um especialista em sono. Alguns tratamentos odontológicos também podem ajudar nestes casos.
Quais os sintomas comuns de quem sofre com apneia obstrutiva?
A apneia do sono pode causar cansaço pela manhã e excesso de sono. Mesmo depois de uma noite tranquila, o indivíduo sente que não teve o sono reparador. Além disso, pode ter problemas para se concentrar ou até mesmo dormir incontrolavelmente durante o dia. Isso porque a insônia é um sintoma comum da apneia do sono, sendo mais comum nas mulheres.
Vejamos alguns sinais frequentes de quem sofre com apneia obstrutiva:
- Ronco alto e frequente;
- Pausas respiratórias durante o sono;
- Sensação de sufocamento durante o sono;
- Sonolência ou fadiga;
- Dor de cabeça matinal.
Além disso, acordar durante a noite para ir ao banheiro urinar, dificuldade na concentração, diminuição do desejo sexual e irritabilidade também podem ser incluídos na lista de sintomas comuns.
Como ocorre a obstrução das vias aéreas durante o sono na AOS? Quais os impactos negativos na saúde cardiovascular, cognitiva e emocional?
Como vimos anteriormente, o ronco alto está frequentemente associado à apneia obstrutiva do sono (AOS), distúrbio que causa desregulação na respiração, em que ela para e recomeça repetidamente durante o sono. Esse distúrbio faz com que as paredes da garganta relaxem e se estreitem, interrompendo a respiração normal e resultando na queda da saturação de oxigênio no sangue.
Os sintomas da apneia do sono podem variar, apresentando quadros leves a graves —, mas geralmente pioram progressivamente, gerando problemas em outros sistemas do corpo humano, como o cardiovascular e o sistema nervoso.
Especialistas alertam que a AOS não tratada pode resultar em um problema cardiovascular grave, como um derrame cerebral (AVC - Acidente Vascular Cerebral) ou um infarto agudo do miocárdio. Além disso, os problemas no sistema nervoso afetam o desejo sexual, perda de memória e até mesmo desequilíbrio emocional.
Quais são os fatores de risco?
Os riscos são graves, pois o sono é uma das principais necessidades do corpo humano. Quando não realizado de acordo com as previsões normais (8 horas de sono), pode gerar danos à saúde geral do indivíduo. E como vimos, atacar outros sistemas do corpo humano, causando derrame cerebral e, no pior dos casos, a morte.
É importante frisar que a apneia do sono pode ser classificada em:
Leve: IAH maior ou igual a 5 e menor ou igual a 15 por hora de sono
Moderada: IAH maior que 15 e menor ou igual a 30 por hora de sono
Grave: IAH maior que 30 por hora de sono
Conheça as principais causas dessas condições
Apesar de serem questões que se relacionam, o ronco e a apneia são coisas distintas. O ronco é causado pela dificuldade da passagem de ar pelas vias aéreas e é um dos sintomas da apneia. Mas não necessariamente quem ronca sofre de apneia obstrutiva do sono (AOS).
Quais são os possíveis tratamentos e cuidados para a prevenção desses problemas?
O tratamento é individualizado, ou seja, depende da gravidade do caso e do histórico médico do paciente. Ele pode ser multifacetado, abrangendo uma variedade de especialidades, como fonoaudiologia, otorrinolaringologia, nutricionista, fisioterapeuta, nutrólogo, cardiologista, neurologista e ortodontista.
Por isso, é importante identificar a fonte do problema antes de escolher o melhor tratamento. Dependendo do caso, o ortodontista indica o uso de aparelhos intraorais (AIOs) para controlar a extensão/distensão das vias aéreas superiores pelo avanço da mandíbula. Existem também procedimentos para arcadas estreitas, mal formadas e mal posicionadas que podem ajudar no tratamento.
Como a Cury Odontologia pode te auxiliar nesse processo?
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