Os danos da falta de um dente para a saúde infantil

• Odontopediatria
• 21/02/2014
• Dr. Marcio Gulin Cury

Muitas vezes a criança acaba perdendo um dente de leite por acidente, praticando algum esporte ou brincando. No entanto, mesmo que ela esteja na idade de perda dos dentes decíduos, o mais indicado é que eles caiam naturalmente. Isso porque o excesso de tempo entre a perda do dente e a vinda do permanente pode gerar problemas para a saúde bucal da criança.

Primeiro, é importante entender quais são as principais funções dos dentes de leite:

• Ajudam a criança a desenvolver as funções da mastigação e da fala;
• Contribuem para o crescimento do osso que dá sustentação aos dentes;
• Mantêm o espaço para os dentes permanentes;
• Guiam a erupção dos permanentes, de modo que eles nasçam na posição correta;

Por isso, quando o dente de leite cai precocemente, a erupção dos permanentes é prejudicada, e eles podem nascer mal posicionados. Além disso, o tempo excessivo após a queda do dente decíduo ocasiona a retração da gengiva, o que dificulta bastante o surgimento da nova dentição.

Como consequência, a criança pode ter problemas de mau alinhamento dos dentes permanentes, o que pode gerar a necessidade futura de aparelhos ortodônticos. Além disso, a ausência do dente por muito tempo, bem como o mau alinhamento dos permanentes, causam problemas na mastigação.

O que fazer quando há a queda precoce do dente de leite?

Uma dica que poucos conhecem é hidratar o dente após a queda precoce. Mergulhe-o em um copo de leite, ou lave-o e coloque-o na própria boca (a saliva ajuda na hidratação), e vá para o dentista. Ele vai avaliar o caso da criança e saberá se ainda é muito cedo para ficar sem o dente. Se for esse o caso, o dentista vai recolocar o dente no lugar, e as fibras de sustentação irão se regenerar.

Se o seu filho ainda é criança e apresenta mau alinhamento dos dentes, converse com o seu dentista sobre os mantenedores de espaço móveis. Eles trabalham com a ortopedia facial, mudando a postura dos músculos da mandíbula. É um tratamento menos invasivo do que o aparelho ortodôntico, e é indicado para crianças de 6 a 14 anos.

Odontopediatria em Curitiba

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