Muitas pessoas consideram que o uso de aparelhos dentários tem o único objetivo de solução de problemas estéticos, que ajudam na autoestima das pessoas. No entanto, sua finalidade vai muito além disso. Ele é essencial para a correção da arcada dentária e, consequentemente, para a melhoria da saúde bucal.
A evolução dos aparelhos ortodônticos, sem sombra de dúvidas, foi um processo que agregou muito à odontologia. Afinal, com esta tecnologia, foi possível otimizar os processos de higienização bucal dos pacientes que sofriam com o desalinhamento da arcada dentária, o que provocava o acúmulo de bactérias e posteriormente problemas de saúde, como a cárie e a gengivite.
Mas, você já parou para pensar sobre a origem dos aparelhos ortodônticos? Parece ser bem recente, não é mesmo? Contudo, pensar em maneiras efetivas de alinhamento dos dentes é um ato que percorre a história.
Neste texto você encontra algumas informações sobre o surgimento e evolução dos aparelhos dentários, desde a sua concepção, com os “bandeaus”, até os atuais e modernos alinhadores ortodônticos transparentes. Vamos lá!
Bandeaus - Os aparelhos ortodônticos que lembravam uma ferradura
Os aparelhos dentários tiveram início com o que chamamos de bandeau, uma invenção do médico francês Pierre Fauchard, desenvolvido no século XVIII, mais precisamente em 1728. Seu design inicial se assemelhava a uma ferradura de cavalo por ser composto de metais duros e uma tira extensora, tendo como principal objetivo alinhar a arcada dentária, resolvendo os problemas dos dentes encavalados.
Apesar de ter sido um processo um tanto rudimentar, o desenvolvimento dos bandeaus verificaram um grande avanço na odontologia e na ortodontia. Além deste aparelho ‘piloto’, foram surgindo práticas que ainda utilizamos hoje em dia, como o atendimento a pacientes em cadeiras mais confortáveis, próprias às consultas odontológicas.
O surgimento e otimização dos fios e peças metálicas
O segundo passo da evolução dos aparelhos ortodônticos se deu com os estudos de outro personagem francês, Gaston Delebarre, que em 1819 desenvolveu os fios metálicos — método cujo intuito era fixar os dentes, algo parecido com o que temos atualmente.
Esta área foi se desenvolvendo e se fortalecendo na área da saúde, sendo um terceiro personagem francês, Joachim Lefoulon, em 1841, o idealizador do termo “ortodontia” para se referir às deformidades congênitas e acidentais da boca. Em pouco tempo, a atenção à saúde e à estética bucal foi ganhando importância, tanto dos profissionais de saúde quanto da própria população.
Foi ainda no século 19 que o cirurgião-dentista norte-americano, Edward Angle, inova a área ao criar um novo modelo chamado “Arco E”. Trata-se de um instrumento que, no formato de um arco feito de metal, era fixado a duas bandas parafusadas nos dois primeiros molares, à frente dos dentes. Este novo feito foi dando espaço à odontologia moderna, que se aproxima às técnicas utilizadas nos dias de hoje.
Século XX: os aparelhos ortodônticos se aproximam dos atuais
Angle não parou por aí e continuou inovando e persistindo em suas invenções. Em 1911 lançou um sistema “pino e tubo”, que se assemelha aos bráquetes do aparelho fixo tradicional ao possibilitar que cada peça do aparelho agisse separada e especificamente em cada um dos dentes.
Esta tecnologia idealizada por Angle permitiu uma série de inovações no campo da ortodontia, especialmente a partir de testes sobre o uso de bráquetes em conjunto com os fios metálicos. Nos anos que sucederam, inspirados por Angle, vários profissionais passaram a estudar novos modelos de peças para os aparelhos ortodônticos, como os próprios bráquetes, as bandas, os fios e as colas especiais.
Entre 1950 e 1975 surgem os primeiros bráquetes de aço e uma cola que os fixam, descartando a obrigação de soldá-los nos dentes. O ortodontista norte-americano Craven Kurz também contribuiu, neste período, para a ortodontia ao realizar a colagem dos bráquetes na região interna dos dentes, técnica que, por mais discreta que seja, ainda cumpria o objetivo de alinhar o sorriso.
A popularização dos aparelhos dentários fixos
A partir dos anos 80 ocorreu um boom no que se refere ao uso dos aparelhos ortodônticos pela população, sendo mais característico o uso por crianças e adolescentes. Neste contexto, o modelo que imperava nas bocas dos usuários foi o aparelho fixo metálico, sendo também o que mais passou por adaptações e otimizações. Como resultado teve-se um aparelho composto por fios, bandas e bráquetes e até as famosas borrachinhas coloridas que fixaram o fio aos bráquetes.
Mesmo longo e um tanto incômodo, o tratamento passou a ser mais efetivo, permitindo às pessoas terem sua arcada dentária alinhada e sem perspectivas de futuros problemas de saúde bucal devido às posições incorretas dos dentes.
Anos depois surge o aparelho fixo estético, que vinham com uma melhoria no aspecto visual dos aparelhos: era quase imperceptível devido aos seus materiais brancos e/ou transparentes constituídos por policarbonato, porcelana e/ou safira.
Ainda nesse contexto são idealizados os aparelhos móveis, alguns modelos extrabucais e os expansores palatinos. Enquanto o primeiro era indicado para a conclusão do tratamento ortodôntico, agindo na correção de pequenos erros, o segundo era indicado a crianças e adolescentes que tinham o maxilar e a mandíbula em desarmonia. Já o terceiro focava-se apenas em corrigir a cavidade bucal — o céu da boca — ao aumentar o espaço entre os dentes possibilitando seu crescimento sem defeitos.
E as inovações na ortodontia não pararam por aí. Mesmo depois de vários estudos que propiciaram a evolução dos aparelhos dentários houve, em 1997, a idealização de uma solução capaz de consertar o sorriso, tão eficaz quanto, mas que era ainda mais estética e sutil aos olhos das pessoas: os alinhadores ortodônticos transparentes.
Os alinhadores ortodônticos transparentes
Se nos anos 80 e 90 a tendência era esbanjar bráquetes coloridos e fios metálicos por onde passávamos. Atualmente esta moda não é a que se verifica como vigente. Os alinhadores ortodônticos transparentes surgiram para se adequar cada vez mais às necessidades da população, e têm colhido retornos positivamente significativos.
No final da década de 1990, o norte-americano de origem paquistanesa, Zia Chisti, trouxe à tona este aparelho, que revolucionou a ortodontia. Anteriormente já haviam alguns estudos sobre o uso de alinhadores ortodônticos transparentes, no entanto, os resultados não eram satisfatórios. Entretanto, sua comercialização nos Estados Unidos demorou cerca de 2 anos após sua criação devido ao processo de aprovação do órgão regulatório norte-americano.
Um alinhador ortodôntico configura-se como uma moldeira que não é fixada aos dentes e pode ter aspectos como ser branco, transparente e cristalino. E possui uma série de vantagens, as quais destacam-se:
- Estética: são praticamente imperceptíveis ao olhar, corrigindo o alinhamento dos dentes sem afetá-lo durante o tratamento;
- Sem restrições alimentares: com os alinhadores é possível comer qualquer alimento sem ter nenhum prejuízo com o aparelho;
- Higienização facilitada: é muito simples escovar ou utilizar fio dental, uma vez que o alinhador é uma moldeira removível;
- Conforto: os alinhadores não incomodam bochechas, lábios ou língua, além de não fazer volume; e
- Sem dores: os alinhadores transparentes não causam desconfortos nem machucam a boca.
Conheça aqui outras vantagens de se utilizar os alinhadores ortodônticos transparentes.
--
Sabia que aqui com a Cury Clínica Odontológica você também pode ter seu alinhador ortodôntico transparente? Esta ótima opção, já muito utilizada pela população para a correção dos problemas de alinhamento dos dentes, está disponível. Agende uma conversa com seu dentista e faça uma avaliação.
Fonte(s):